quarta-feira, 30 de julho de 2014

Top 7 das prisões mais luxuosas do mundo

Toda a gente associa as prisões e algo mau, e a um local onde se deve refletir sobre os crimes que cometemos, mas sinceramente depois de ver estas 7 prisões a minha opinião mudou ligeiramente.

Atenção não estou de forma alguma a dizer que deves cometer um crime!

Há imensas prisões interessantes no mundo, que oferecem boas condições aos seus detidos e que possuem uma filosofia de reabilitação próxima daquilo que para muitos é o ideal. É o caso JVA Fuhlsbuettel, na Alemanha, a prisão de Otago, na Nova Zelândia, a Sollentuna e a Champ-Dollon, na Suíça (esta última esteve com alguns problemas devido a estar superlotada, mas após receber um investimento de cerca de US$ 40 milhões as coisas parecem ter melhorado) e outras nos Estados Unidos. 
Procurei deixar-vos as mais interessantes e peculiares.
 
Então sem mais demoras aqui as têm:
 
7. Pondok Bangu (Indonésia) 
 
 
 
Pois é iniciamos a nossa lista com um prisão da Indonésia no numero 7. Mas, atenção esta prisão serve apenas para quem tem dinheiro.

Em Pondok Bangu ficam detidos os criminosos que têm capital suficiente para comprar um local nas suas luxuosas dependências. O lugar conta com um jardim cheio de esculturas, mobilias interessantes, ar condicionado e frigorífico nas celas. Sem falar no karaokê, no salão de beleza e no spa.

Infelizmente essa prisão só é “melhor” para os seus residentes e não para a sociedade. Talvez quem tenha que ser reeducado, neste caso, sejam aqueles que tiveram a infeliz ideia de criar uma instituição como a Pondok Bangu.

6. Aranjuez (Espanha)


Provavelmente vais chegar à conclusão que esta deve ser a prisão com a filosofia mais polêmica da lista.

A Aranjuez, na Espanha, é a única prisão familiar do mundo. A ideia é que os pais não precisam se separar dos seus filhos enquanto eles ainda não forem grandes o suficiente para perceber a realidade de uma prisão (até os 3 anos).

As celas vêm com berços, decoração com personagens da Disney e também com um acesso para o parque infantil do local. Tanto as famílias como as psicólogas da prisão acham que esta não é de forma alguma uma situação ideal para as crianças, mas todos concordam que o facto da família se encontrar unida é algo positivo para todos.

Os casais passam por um período de observação, que dura cerca de dois meses, onde necessitam de provar que podem viver juntos numa relação saudável com os seus filhos.
 
5. Litla-Hraun (Islândia)
 

Hosmany Ramons é um ex-cirurgião plástico brasileiro que foi preso na Islândia em 2010 devido a acusações de roubo de joias e carros, contrabando, tráfico e homicídio. Quando a justiça brasileira tentou a sua extradição ele alegou que para isso "Teriam que utilizar argumentos sólidos".
Isto porque Ramons estava hospedado num hotel de luxo, segundo as suas próprias palavras, mas na verdade era a prisão de Litla-Hraunim.
Segundo ele, 70% dos guardas são mulheres, a prisão tem apenas 80 detidos, a comida é de restaurante e os presos recebem um ordenado de 50€ para “comprar chocolates e cigarros”, além de contarem com uma sala de musculação de luxo, pátio para momentos de lazer e escola para estudar programação e até a língua local.

4. Prem Central (Tailândia)


A prisão de Prem Central não se compara com as outras da lista quando se trata de luxo ou de atividades, mas nesta prisão, os detidos podem fazer algo que em todos os outros locais não podem: Fornecer "enxertos de porrada" aos outros detidos. Eles não só podem fazer isso com permissão da prisão como ganham dinheiro e até têm a pena reduzida se forem bem sucedidos na tarefa. Provavelmente aquilo que te estou a dizer pode ser confuso mas como deves saber a Tailândia é o país do Muay Thai, e é disso que se trata.
Lá são organizados eventos em que os presos da Prem Central lutam contra detidos de outros países. Se eles vencerem a luta, o que acontece quase sempre, uma vez que lutam desde crianças e treinam todos os dias, além de ganharem uma recompensa financeira eles podem reduzir a sua pena, sem esquecer que para isso, precisam também ter um bom comportamento.
 
3. Leoben Justice Center (Áustria)


Se por um lado já falamos aqui sobre prisões que promovem a violência, que pagam ordenados falemos agora sobre arquitetura e crime claro. 
Leoben Justice Center, na Áustria, possui uma arquitetura impressionante, que deixa qualquer um estupefacto, mas ao contrario das outras, esta prisão só aceita aqueles que cometeram crimes não violentos.

Nesta prisão os quartos são individuais e possuem casa de banho e cozinha, na sua grande maioria nem possuem barras de segurança. Os detidos podem divertir-se num corte de tênis ou num campo de futebol, fazendo exercício numa sala de musculação ou a jogar pingue-pongue ao ar livre.

Nesta prisão a integridade e o respeito pela humanidade dos detidos é observada pela direção. É possível ler no Leoben Justice Center: “Todas as pessoas privadas de sua liberdade devem ser tratadas com humanidade e respeito pela inerente dignidade do ser humano.”

A prisão abriga um tribunal no seu interior. Talvez seja esse um dos motivos da palavra “justice” no seu nome.

2. Halden (Noruega)


Gostas de arte? Então sugiro-te, uma visita à prisão de Halden, se como é óbvio te enquadrares na categoria de criminoso.
A prisão de Halden gastou cerca de US$ 1 milhão em obras de arte. Já que o ambiente prisional pode ser bem desagradável, os diretores da prisão resolveram fazer de tudo para harmonizar o ambiente.

Os quartos são individuais, e dignos de um hotel respeitável, possuem casas de banho com azulejos de cerâmica e plasmas, para evitar os possíveis esconderijos de droga.  Por cada 10 celas existe uma cozinha e uma sala de estar partilhadas.

Possuem campo de basquete, pista de cooper, parede de escalada e campo de futebol. Não gostas de nada disto? Então podes tentar a sorte e gravar um som no estúdio de música da prisão, que se encontra equipado com aparelhos profissionais.

Os guardas da prisão são importantíssimos na filosofia e prática do Halden. Metade são mulheres, pois os diretores acreditam que isso reduz a tensão com os detidos. A sua função é de motivar os detidos para que eles sejam educados e reabilitados. Além disso, eles fazem atividades desportivas das 8h às 20h, jogam e fazem as refeições junto dos detidos. São necessários 2 anos de treino para se tornar um guarda na Noruega.

Os criminosos têm ainda aulas de desenho e gastronomia que os ajudam a sair de lá mais preparados para a vida social.

1. Bastoy (Noruega)


Procuras um hotel para as férias? Que tal a prisão Bastey, na Noruega? Lá vais encontrar uma praia para apanhares sol e adquirires um bronze de fazer inveja, diversos pontos de pesca, sauna e corte de tênis. Há também cavalos no local, sem contar com os cursos, como o de programação informática.

O problema, como em todos os outros locais apresentados a cima, é que não basta um telefonema para reservar um quarto, ainda é preciso ser um criminoso.
 
A prisão é uma ilha e a única coisa que a limita é a água que existe a toda a sua volta – nada de muros ou guardas armados. A fuga, ainda que dificultada pelo rio, é bem possível. Mas o diretor do lugar Arne Kvernvik Nilsen conversa com o detido quando ele chega e avisa: se tu fugires e conseguires alcançar a terra livre,  liga e avisa que está tudo bem, assim dispensamos o envio de um guarda para te procurar.

A confiança parece estar na base da relação com os detidos. Eles ficam com as chaves das próprias celas e o controle é feito por um mecanismo de “check in” durante o dia.

O lugar funciona mais ou menos como uma vila autossustentável. Os pouco mais de 100 prisioneiros trabalham em diversas funções e a demandada diária vai das 8h30 às 15h30 nos dias úteis. E, acreditem, eles são pagos. Algo em torno de US$ 10 por dia, segundo a CNN de 2012. E eles podem guardar o dinheiro ou gastar ali mesmo, nas lojas que têm no local.

Se tu achas que são muito moles com pessoas que cometeram crimes como homicídios, estripagem e outros, Nielsen tem um recado: “Qual o problema se criamos um acampamento de férias para criminosos? Devemos reduzir o risco de incidência, porque, se não o fizermos, qual o ponto da punição senão o de inclinar-se para o lado primitivo da humanidade?”

E parece que funciona. A Bastoy tem uma taxa de incidência de seus presos de apenas 16% – a mais baixa da Europa.

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